Polícia prende marido acusado de matar o genro, após descobrir ele tinha um relacionamento com a sogra

Minggu, 10 Februari 2013
 O motivo do crime teria sido o fato de que Lucélio estaria tendo um relacionamento amoroso com a sogra a pelo menos 3 anos. Ela contou ainda para a polícia que certo dia, por maldade, ele teria passado "pasta de dente" no pênis e manteve relações sexuais com ela, que sentiu fortes dores devido a queimadura causada pelo produto

Bell Silva/Exclusivo - Foi preso na tarde de sábado (09), por volta das 16h, pela Polícia Civil de São Domingos do Prata, Antônio Genésio Delfino, 55, acusado de ter assassinado Lucélio Aparecido Socorro da Cruz, 27, genro dele, com quatro tiros. O motivo do crime seria um relacionamento amoroso entre Lucélio e a esposa do suspeito. Lucélio morava com a filha do autor havia seis anos, com quem tinha uma filha. Com um mandado de prisão em mãos a equipe formada pelo delegado Bernardo de Barros Machado, o inspetor José Roberto e o escrivão Daniel Vasconcelos foram até a casa do acusado, na Fazenda Córrego do Ouro, e o prenderam. Segundo a polícia, no momento que eles chegavam à fazenda, Antônio Genésio tentou fugir, mas foi cercado e capturado. Ele foi levado para a Delegacia de Polícia de São Domingos do Prata e negou as acusações de participação no homicídio, mas segundo o inspetor José Roberto, concluídas as investigações, não há dúvidas da participação dele no crime. Ainda segundo a polícia, em seu depoimento, Antônio Genésio entrou em contradições por diversas vezes, o que fortaleceu ainda mais os indícios de sua participação no crime. De acordo com a polícia, a esposa de Lucélio descobriu que ele estava tendo o relacionamento amoroso com a mãe dela e comentou o caso entre os irmãos e familiares, chegando também ao conhecimento de Antônio Genésio, que se revoltou com a situação e passou a ameaçá-lo, o que teria sido o motivo da separação de Antônio Genésio e a esposa. Segundo o depoimento da mulher, após Antônio ter descoberto a traição, certo dia ele chegou em casa e ameaçou dizendo “eu sei por que você não quer mais nada comigo, porque você está saindo com Lucélio e você pensa neste camarada 24h por dia, e eu vou matar ele”. A mulher então fugiu em meio a um matagal, onde passou a noite, e no dia seguinte foi para a casa da mãe em São Pedro dos Ferros para pedir ajuda. O caso amoroso causou revolta em um dos filhos do casal, que mora em Rio Casca. Após ouvir todos os 12 filhos do casal e a esposa, segundo a polícia, todos foram unânimes em afirmar que Antônio Genésio havia feito ameaças de matar Lucélio. O filho do casal e outro homem, ambos moradores de Rio Casca e que a polícia não divulgou os nomes para não atrapalhar as investigações, estiveram na casa de Antônio Genésio em uma moto, no dia do crime falando que iriam a um forró na cidade de Rio Casca. Eles convidaram Lucélio, porém a mulher o orientou para que não fosse porque eles iriam matá-lo. Ele teria dito para a mulher que não acreditava que Antônio Genésio seria capaz de matá-lo, e foi para o forró, por volta das 20h30 de sábado (26). Outro depoimento que aumentou a certeza de participação de Antônio no crime foi de um dos filhos do casal, de 17 anos, que segundo ele, no dia do crime viu o pai colocando sobre a geladeira, uma arma calibre 22. E outros dois filhos contaram que no dia do crime, o pai não havia dormido em casa. A polícia não tem dúvidas da participação de pelo menos outras duas pessoas. Testemunhas contaram que próximo ao Posto de Combustíveis 151, localizado às margens da BR-262, foram ouvidos estampidos de tiros próximos a um canavial e viram ainda uma moto deixando o local e outras duas entram no carro Uno e deixou o local, sentido a BR-262. O veículo foi abandonado cerca de 4 km do local onde o crime teria ocorrido. Dentro do carro a perícia constatou marcas de barro branco nos tapetes do motorista, passageiro e de outra pessoa que estava na parte de trás do veículo. O caso amoroso entre Lucélio e a sogra durou cerca de três anos, segundo informou para a polícia, a mulher. Ele foi casado com a mulher por 33 anos, com quem teve 12 filhos. Nossa reportagem esteve com o acusado no dia da prisão, e ele negou a autoria do crime. “Ele ia lá em casa, tomava banho, dormia. No outro dia eu saia pra trabalhar, ele ficava lá em casa com meu pessoal, e quando eu chagava perguntava pros meninos, cadê Lucélio, ele foi embora. Eu nunca pensei maldade com ele não, pra mim isso era união”, contou Antônio Genésio. A reportagem perguntou para o suspeito se ele tinha consciência de que poderá permanecer na cadeia por um longo período, podendo chegar a 30 anos. Ele baixou a cabeça e ficou sem respostas e murmurou. “Eu penso nos meus filhos”, disse.  

A arma era da vítima
 
A arma usada no crime, segundo a polícia, foi um presente dado pelo próprio Lucélio Aparecido, ao sogro Antônio Genésio. Arma essa que acabou sendo usado contra ele mesmo, porém Genésio, nega essa afirmação relatada por diversas testemunhas durante as investigações. Segundo ele, estas testemunhas “estão erradas”, e que Lucélio usava a arma para caçar e às vezes a deixava na casa dele. Antônio Genésio Delfino está preso na Delegacia de São Domingos do Prata onde deverá permanecer até o julgamento. A polícia pode prender a qualquer momento os outros dois envolvidos, que não tiveram os nomes divulgados para não atrapalhar as investigações. Participaram das investigações os detetives Fernando, Diego, Romero e o inspetor José Roberto, coordenado pelo delegado Bernardo de Barros Machado, sob a supervisão da delegada Regional Joyce Carlos da Mota Figueiras.

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