Agressões: mulheres de presos denunciam agressão a maridos

Selasa, 15 Januari 2013
Familiares de detentos do presídio de Itabira fizeram um protesto na porta do Fórum Desembargador Drummond no Pará, contra supostos maus tratos que estariam acontecendo dentro do estabelecimento prisional. As reclamações vêm sendo feitas há cerca de um mês, porém, nada teria sido feito para que as supostas agressões chegassem ao fim. As mulheres dos presidiários, então, decidiram pelo protesto. No sábado, após ouvirem novamente as “denúncias”, mães, irmãs, esposas e filhos se mobilizaram e, quando já estavam dentro da unidade prisional, decidiram não deixar o local enquanto o diretor do presídio chegasse para ouvir suas reclamações, mas ele está de férias. Não satisfeito, um grupo, formado somente por mulheres, se mobilizou ontem e foi para a porta do Fórum com cartazes nas mãos em protesto silencioso. Na maioria dos cartazes, elas pediam o “fim da tortura” no presídio de Itabira. Durante o protesto, o juiz Murilo Sílvio de Abreu chegava no Fórum. Ele parou para conversar com as mulheres, que apontaram o nome de um agente penitenciário que seria o autor das agressões contra os presos. Após ouvir as mulheres, o juiz solicitou que a denúncia fosse protocolada no cartório criminal do Fórum, oficializando a reclamação. Murilo Abreu teria dito às mulheres que a denúncia será apurada. Logo depois, as mulheres seguiram a pé para o Ministério Público, onde protocolaram a mesma denúncia. Do Ministério Público, o grupo foi para a Câmara Municipal. As mulheres foram recebidas pelo presidente Rodrigo Alexandre de Assis Silva “Diguerê” (PV), que mandou sua secretaria comunicar aos colegas presentes na Câmara, naquele momento, que haveria a reunião com as denunciantes. Lúcio Mauro Dias (PSC), Marcela Cristina Lopes da Silva (PR), Antônio Gonçalves Fernandes da Silva “Toninho da Pedreira” (PTN), foram à reunião, mandaram representantes Paulo Soares e Lado de Dona Dudu. Os vereadores ouviram as reclamações das mulheres. Elas disseram que apenas querem que as agressões acabem. Rodrigo Diguerê afirmou que a Câmara está de recesso e que ainda será formada a Comissão de Direitos Humanos, mas que vai encaminhar uma carta à Justiça e ao Ministério Público comunicando que os vereadores receberam as denúncias e que solicitam a apuração delas. Durante o encontro com os vereadores, a mãe de um detento disse que, além das agressões físicas, os presos sofrem agressão psicológica. “Se vocês não se calarem e obedecer as minhas ordens, nós vamos transferi-los para o presídio de Unaí”. Esta seria a ameaça aos presidiários, segundo a mulher. “Eles já estão pagando pelos crimes cometidos, mas o que vem acontecendo é uma injustiça, já não basta eles estarem presos. Eles são humanos e não animais” desabafou a mulher.

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