Oposição não aceita derrota em São Gonçalo

Senin, 15 Oktober 2012
Thiago Moreira - São Gonçalo do Rio Abaixo se tornou palco de algo inusitado neste final de semana. A oposição paralisou a BR-381, protestando contra o resultado da eleição. É chocante, não pelo fato do delito de paralisar a BR, retirando o direito de ir e vir em pleno feriado, afinal de contas, os motoristas que trafegam pela BR não têm culpa se a oposição perdeu mais uma eleição naquela cidade. O chocante é não aceitar a derrota nas urnas. A oposição em São Gonçalo argumenta que pessoas que não moram na cidade votaram. Ora, é um argumento sem lógica jurídica. Não porque pessoas de fora não votaram, porque votaram, mas por duas questões simplistas. Primeiro, pessoas de fora votam em todo lugar. Em João Monlevade, por exemplo, filhos de familiares daqui e que moram fora da cidade e estudam ou trabalham em outros municípios retornam à cidade para votar no dia da eleição. O mesmo acontece em Itabira, São Paulo, Uberlândia, Oiapoque... Outro ponto a ser considerado. Quem disse que as pessoas de fora que votaram não depositaram a maioria dos votos no candidato Buzica, da oposição? Se observarmos a única pesquisa de opinião registrada, a diferença de Antônio Carlos, candidato da situação à Buzica, candidato a oposição, era maior que o que se apurou nas urnas. O que levaria a crer que, havendo tal fenômeno na cidade, Buzica pode ter se beneficiado ainda mais que Antônio. Como medir, já que o voto é secreto? Ainda pior para a oposição do que perder mais uma eleição é não aceitar a derrota. O grupo da oposição deveria estar comemorando já que, devido ao trabalho realizado na cidade pelo prefeito Nozinho, esperava-se que a diferença, que foi grande, fosse ainda maior. Dizem que vão entrar com processo. Vão processar quem? O representante do Estado? O Cartório Eleitoral que liberou os títulos? Mudando de assunto, em entrevista recente ao jornalista Marcelo Melo, o prefeito eleito de João Monlevade, Teófilo Torres, demonstrou, mais uma vez, ser dono de uma maturidade política ímpar. Ele não citou nomes para o governo, sob o argumento de que alguns podem não ter esse plano para suas vidas, disse que não tem obrigações com partidos e afirmou que reconhece o apoio que teve para vencer as eleições. Já começa bem.

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